A síndrome de burnout se caracteriza pelo estresse crônico vivenciado por profissionais que lidam de forma intensa e constante com as dificuldades e problemas alheios, nas diversas situações de atendimento.
A síndrome se efetiva e se estabelece no estágio mais avançado do estresse, sendo notada primeiramente pelos colegas de trabalho, depois pelas pessoas atendidas pelo profissional e, em seu estágio mais avançado, pela própria pessoa quando então decide buscar ajuda profissional especializada.
Inicia-se com o desânimo e a desmotivação com o trabalho e pode culminar em doenças psicossomáticas, levando o profissional a faltas frequentes, afastamento temporário das funções e até à aposentadoria, por invalidez.
Os sinais e sintomas nos estágios iniciais da burnout são praticamente os mesmos do estresse e da depressão, mas ainda não está caracterizada a síndrome, pois esta só se efetiva nos estágios mais avançado da doença, apresentando características próprias que a diferencia de outras psicalgias, tais como o estresse
e a depressão. A divisão dos sinais e sintomas em quatro estágios facilita o entendimento da evolução da doença.
1º estágio:
• A vontade em ir ao trabalho fica comprometida,
• Ausência crescente e gradual de ânimo ou prazer em relação às atividades laborais,
• Surgem dores genéricas e imprecisas nas costas e na região do pescoço e coluna,
• Em geral, o profissional não se sente bem, mas não sabe dizer exatamente o que possa ser.
2º estágio:
• As relações com parceiros e colegas de trabalho começa a ficar tensa, perdendo qualidade,
• Surgem pensamentos neuróticos de perseguição e boicote por parte do chefe ou colegas de trabalho, fazendo com que a pessoa pense em mudar de setor e até de emprego,
• As faltas começam a ficar frequentes e as licenças médicas são recorrentes,
• Observa-se o absenteísmo, ou seja, a pessoa recusa ou resiste participar das decisões em equipe.
3º estágio:
• As habilidades e capacidades ficam comprometidas,
• Os erros operacionais são mais frequentes,
• Os lapsos de memória ficam mais frequentes e a atenção fica dispersa ou difusa,
• Doenças psicossomáticas como alergia e picos de pressão arterial começam a surgir e a automedicação é observada,
• Inicia-se ou eleva-se a ingestão de bebidas alcóolicas como paliativo para amenizar a angústia e o desprazer vivencial,
• Despersonalização, ou seja, a pessoa fica indiferente em suas relações de trabalho culminando em cinismo e sarcasmo.
4º estágio:
• Observa-se alcoolismo,
• Uso recorrente de drogas lícitas e ilícitas,
Enfatizam-se os pensamentos de auto-destruição e suicídio,
• A prática laboral fica comprometida e o afastamento do trabalho é inevitável.
Sintomas somáticos (físicos):
• Exaustão (esgotamento físico temporário);
• fadiga (capacidade física ou mental decrescente);
• dores de cabeça;
• dores generalizadas;
• transtornos no aparelho digestório;
• alteração do sono;
• disfunções sexuais.
Sintomas psicológicos:
• Quadro depressivo;
• irritabilidade;
• ansiedade;
• inflexibilidade;
• perda de interesse;
• descrédito (sistema e pessoas).
Sintomas comportamentais:
• Evita os alunos;
• evita fazer contato visual;
• faz uso de adjetivos depreciativos;
• dá explicações breves e superficiais aos alunos;
• transfere responsabilidades;
• faz contratransferência, ou seja, reaje às provocações em papéis distintos do papel de educador;
• resiste à mudanças.
Consequências mais comuns:
• Apatia ou cinismo nos diálogos;
• dificuldade em desempenhar papéis;
• diminuição dos contatos sociais;
• desvalorização do lazer;
• negligência nos cuidados pessoais;
• auto-medicação (agrava o quadro);
• resistência em buscar ajuda.
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http://www.saudedoprofessor.com.br/Burnout/Arquivos/cartilha.pdf
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